quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"É... Dizem que é bom sonhar porque é de graça, mas há sonhos que de tão perfeitos acabam se tornando um pesadelo, pelo simples fato de não podermos realizá-los... De forma alguma."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Par ou Ímpar?


Cabelos longos
Cachos esvoaçantes
De uma beleza rara e até mesmo intrigante

Afinal como há de ser?
Olhos puxadinhos
E ao mesmo tempo tantos cachos ter?

Porém não é apenas isso que a faz tão peculiar
São seus trejeitos, caras e bocas
Que a tornaram tão singular

É inteligente, cheia de cultura
Sempre bem informada
Sabe um pouco sobre tudo, é mesmo uma loucura

Beatriz, não é à toa que até uma canção você tem
Em homenagem ao seu nome
E a sua beleza também

Amiga indescritível
Presente em todos os momentos
Você é mesmo uma pessoa incrível

Então peguei-me pensando se você era realmente peculiar
Pensei, refleti e enfim pude chegar a uma conclusão
Mesmo dizendo que somos uma pessoa só, você não é par, você é mesmo ímpar!

Meias Verdades


Mentira deslavada
Repugnantemente indiscreta
Inverdade desvairada
Sutilmente impura
Dura

Aflora de si um néctar
Espargindo contrariamente um gosto de fel
Traindo-se e contrariando seu gosto outrora de mel

Sua índole má
Nem sempre é mar
As vezes afoga
Em outras vem a salvar

Interpretam-te mal
Ou bem demais
Ofendem-se fácil, roubando-lhe a paz

Entendam-me, é o que pede
Desesperada e loucamente
Mas sempre um equívoco lhe sucede

Sinceridade
Verdadeira e única
Nem sempre é tão boa assim
Principalmente quando machuca

Machuca e corrói
Desfaz, confronta
Dói

Pensem-me como um analgésico
Tais, assim como eu, não são capazes de curar
Simplesmente tem o poder imensurável de amenizar...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Transbordante


Rasga-te ó coração infame
Parta-te ao  meio
Deixando esvair de ti tudo que aí houver

Fira-te até sangrar
Até aniquilar tudo 
Tudo que aí houver

Mostre-se fendido
Desprotegido
Mas não venha a espargir o que aí houver

Descarte, inutilize
Mas não exale ou doe
Simplesmente desfaça-te de tudo

Liberte-se, desprenda-se
Esvazie-se totalmente
Mesmo que fique apenas um buraco enorme

Pois não há como preencher algo já cheio
Estando pela metade pode até ser possível
Mas não será algo inteiramente novo

Por isso coração
Ó coração melancólico
Decepa de ti tudo que aí houver

Pois somente assim, vazio
Ser-lhe-a possível
Ser novamente preenchido por tudo que aí havia

sábado, 7 de novembro de 2009

Qual o valor do conhecimento?


A mais valiosa riqueza que pode-se alcançar na vida, é o conhecimento. Isto porque, uma vez adquirido, jamais será inútil ou perdido.
Certa vez, perguntaram-me o que significava para mim um termo muito utilizado atualmente, principalmente em relação aos jovens, "melhorar de vida". Então, antes que eu pudesse responder, ouvi especularem se isso queria dizer apenas uma ascenção na vida finaceira.
Pensando um pouco a respeito, concluí que sim, melhorar de vida está vinculado também a vida financeira, porém não somente à esta, pois não adianta ter apenas um certo "status" financeiro, se não tivermos objetivos, metas, sonhos a serem alcançados, ou mesmo, apenas sonhados, fazendo com que tenhamos foco e nos esforcemos a conseguir algo. Pois melhorar de vida é também ter crença, conceitos, verdades em que nos firmamos, é ter a mente livre de preconceitos em relação as pessoas, aos livros, enfim, a tudo e todos.
Pois por mais inferior, ignorante ou ainda, indigno da nossa atenção que pareçam ser, se nós tivermos um pensamento aberto e tolerante, qualquer um será capaz de nos trazer um ensinamento e nós seremos capazes de absorver aquilo de forma que nos traga um grande crescimento intelectual e moral.
Assim sendo, "melhorar de vida", requer em âmbito principal, obter conhecimento, que é a base de tudo, ou seja, é o primeiro passo para um futuro promissor, ou melhor, faz parte de todos os passos.
Tendo em mente os fatos acima mencionados, passa-se então a ter consciência da imensurável importância do conhecimento em nossa vida e que não importa de quem o adquirimos, de um mestre, professor, de uma criança, um livro, um criminoso, um padre ou mesmo um inseto ou planta, mas sim, a maneira como o encararemos e traremos não apenas para nossa vida, mas principalmente como o usaremos com as outras pessoas, procurando sempre "melhorar de vida" e ajudar os outros a fazer o mesmo.

Opinião sem Razão


Preconceito, uma opinião formada sem o uso da razão, constituída apenas por um conceito pré-concebido, ou seja, baseado em boatos e em ideias formadas.
Em escolas, clubes, parques, empresas, ou resumindo, em todo e qualquer lugar onde há pessoas, encontra-se algum ou mesmo vários tipos de preconceito. Um exemplo contundente disso, é o fato de que todos já sofreram algum tipo de discriminação, seja ele qual for.
Isso se deve a tendência que o ser humano tem de julgar os outros apenas pelas aparências físicas, ou mesmo de julgar as pessoas por si mesmo.
Por exemplo, é muito comum deparar-se com algumas situações constrangedoras, tais quais: o desconforto que os deficientes físicos passsam ao serem tratados como "seres incapazes", a inferioridade com que se tratam os negros, o desrespeito para com os homossexuais, o desleixo em relação aos imigrantes, entre outros.
Isso tudo acontece muitas vezes pelo ensinamento que cada um herdou de seus antepassados, por influência da mídia, ou mesmo porque o próprio preconceituoso, por assim dizer, sente-se inferior e acaba por usar de tanta hostilidade, para sentir-se "melhor".
Baseado nos fatos mencionados pode-se afirmar que o preconceito não pode ser combatido com ideias, argumentos ou mesmo com a razão, pois ele é um conceito totalmente ignorante e sem argumentos, que tem como base, "olhos pré-definidos". Podendo-se definir então que a melhor forma para extinguí-lo  é a conscientização de todos que cada um é diferente do outro e que por melhor que um ou outro seja, todos tem defeitos e qualidades que podem ser bem aproveitados.

À uma Amiga não mais Distante


Palavras trocadas, sonhos compartilhados
Longas conversas
Você está sempre ao meu lado

Mesmo com a correria e as vezes coisas mais importantes
Estamos sempre dispostas a nos ajudar
Por isso hoje não posso mais de amiga distante lhe chamar

Até me visitar você veio
Lhe emprestei mil coisas
Para que assim você tivesse que voltar

Mas enquanto isso não acontece
Trocamos as mais belas palavras
E a cada dia, melhor a gente se conhece

E as coisas em comum continuam a aparecer
Quanto mais o tempo passa
Mais pareço com você

Você vive dizendo que é aluada
Mas o que não sabes
É o quanto sou desastrada

Simplesmente quero essa amizade eternizar
Por isso neste poema
Decidi dela falar

Um dia, as futuras gerações irão ele ler
E com certeza saberão
Como uma verdadeira amizade de ser...

À uma Amiga Distante II


Deixei escorregar por entre meus dedos sua amizade
Tanto quis conversar ali com você
Mas em todas essas, fiquei apenas na vontade

Só quando você partiu
Tomei coragem pra dizer
Que eu não conseguia por nenhum instante te esquecer

Foi longo o caminho até nos tornarmos um pouco mais próximas
Apenas quem lia atentamente as entrelinhas
É que poderia saber

Através dos olhos
Totalmente opostas
Mas de coração sempre dispostas

Dispostas a conversar, sentir, escrever
Sempre parecidas
Quem irá entender?

Somos as mais próximas "amigas distantes"
Juntas de coração
Tão díspares, porém tão semelhantes

Assim mesmo construímos essa história
Que ainda não acabou  e nem acabará
Pois estará sempre em nossa memória

E juntas aprendemos
A nos ajudar na adversidade
E que não importa a distância ou as dificuldades
Nós somos realmente AMIGAS DE VERDADE...

À uma Amiga Distante I




Num tempo longínquo
Onde tudo era ao contrário
E a minha volta tudo parecia oblíquo

Perdida em mim, díspar do que hoje é
Olhava-te ao longe
Com seu entusiamo de mulher

Conversas altas e interessantes
Olhos curiosos, atentos
Mantinham-se fixos, entretanto distantes

Medo, vergonha, inibição
Não sei bem como definir o porquê de eu estar tão encabulada
Preferia não me enturmar e admirá-la ao longe, a me sentir mais envergonhada

Queria mesmo entender
O "Allez Mademoiselle" da professora
Que me fazia sempre perguntar: "Qu'est-ce que c'est"?

Meus pensamentos estavam a mil
Tinha tanto com que me preocupar
Então lhe direcionava apenas um sorriso sutil

Foram dias, semanas, meses
Algo me fazia querer ouvir o que você tinha à dizer
Porém isso eu jamais deixava transparecer

Não sei ao certo porque
Queria chegar mais perto
Mas algo me mantinha longe de você

Foram seis meses em que apenas mirava-te ao longe
As vezes trocava uma ou duas palavras contigo
Parecia um bichinho com medo de ser atingido

Acabou-se o semestre e você se foi
Achei que voltaria
Mas quando eu voltei, só pude encontrar ali a falta que você fazia

Mais três semestres se passaram
E ali você não voltou
Somente o arrependimento de não ter sua amizade foi o que ficou

Perdi até hoje não sei porque
A chance incrível
De conhecer você...

Peculiaridade de um Olhar

Menina dos olhos grandes e brilhantes
Como és um mistério
Cheia de desejos inconstantes

Há tanto pra se falar
Porém você diz, nunca ter nada a dizer
Deixando sempre uma interrogação no ar

Dois pontos tatuados no seu rosto tão belo
Denunciam palavras prontas à sair
Mas você, com um sorriso singelo, nunca quer admitir

Fale! Peço-te agora
Pois ainda não dá pra entender
São apenas os seus olhos que falam por você

Perdoe-me por não saber mais de ti
Quando acho que te desvendei
Você se põe a falar e vejo que me confundi

Por isso és assim tão peculiar
Só você tem esses dois pontos
Que conseguem me enganar

Eles fingem que você irá se expressar
Mas com as palavras
Você diz não se identificar

Assim com essas pérolas no rosto
Você segue a conquistar
Adeptos dessa incógnita, que você carrega no olhar

Mas um dia menina dos olhos grandes
Eu irei descobrir
O que se passa no mais profundo de ti

Então prometo a ninguém mais revelar
O mistério que carrega
A menina do mais belo olhar...

Sequência...


Tudo na vida tem começo, meio e fim
Essa é a ordem natural das coisas
Por que seria diferente pra mim?

Odeio o rígido cumprimento deste ritual
Sempre acontece o mesmo
Tudo começa no início e termina no final

Parece meio óbvio o que estou dizendo
Mas isso é a mais pura verdade
Na teoria é tudo mais simples e até mesmo bobo
Entretanto na prática é que sofre-se a infelicidade

Digo isso, mas não é sempre que queria mudar
Quando está tudo bem, não
Mas quando mal, não vejo a hora de tudo acabar

Queria mesmo era poder viver primeiro a alegria ou tristeza do final
Pra sempre acabar com o entusiasmo que temos ao iniciar algo
E que geralmente nos é roubado no meio termo ou na fase terminal...

“O que me atormenta é que tudo é 'por enquanto', nada é 'sempre'." Clarice Lispector

domingo, 18 de outubro de 2009

Eu Espero

Vai sim, vai ser sempre assim
A sua falta vai me incomodar,
E quando eu não aguentar mais
Vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.
Vai sim, vai ser sempre assim,
Um pra cada lado, como você quis
E eu vou me acostumar,
Quem sabe até gostar de mim.
Mesmo que eu tenha que mudar
Móveis e lembranças do lugar,
O meu olhar ainda vê o seu
Me devorando bem devagar.
Vem, que eu ainda quero, vem
Quando menos espero a saudade vem
E me dá essa vontade, vem
Que eu ainda sinto o frio
Sem você é tudo tão vazio
E me dá essa vontade, vem
Que esse amor ainda é meu.
Troco todos os meus planos por um beijo seu
Que essa noite pode terminar bem...

Luiza Possi

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dentro

Me escondi
Pra não ter que ver você dizer
Coisas que eu não merecia ouvir
Era você ou eu.

Escolhi,o pior lugar pra me esconder
me tranquei por dentro de você
E não sei mais sair.

Pela rua penso em ti,
Volto em casa penso em ti,
No trabalho sem querer
Quando vejo tô pensando em você.

Ressurgi,de onde eu não imaginei
E aprendi que nunca sei
Enganar meu coração.

Escrevi,
Frases soltas pelo chão
Esperei você dormir
Pra jurar minha paixão.

Ana Carolina

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

As entrelinhas dizem mais...

A leitura é uma ação considerada produtiva e enriquecedora por muitas pessoas. De fato, pode-se realmente afirmar isso, porém o que se entende por leitura?
É simplesmente abrir um livro, revista, jornal e passar os olhos pelas palavras, ou mesmo lê-las em voz alta? Ou ainda ver um resumo ou notícia na internet?
Não, leitura é muito mais que isso, é pesquisar sobre o assunto lido, é se aprofundar, é ter um olhar crítico, é interagir com a história, sentir o que ali está sendo descrito com tanta riqueza de detalhes, é aprender com experiências que nem sempre são verídicas, mas que têm muito a ensinar, trazer aquele conteúdo para sua vida pessoal e social, de maneira que se possa crescer com isso, é realmente interpretar o que está sendo lido.
Porém, não há entre nós, essa visão, essa vontade, essa sensibilidade em relação a leitura. Podemos ser considerados passivos, como robôs programados para uma determinada função, lendo superficialmente, sem entender o que há nas entrelinhas...
Sendo assim, deve-se experimentar essa real leitura, onde você se entrega ao prazer das palavras e descobre que um livro pode ser a solução ou mesmo a amenização de uma dor, a calma em uma situação difícil ou até mesmo a resolução de um problema.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um Amontoado de Iniquidades...

Sinto raiva... Não uma apenas... Mas duas...
É! É isso que eu sinto... Duas raivas...
Ou deveria dizer: São isso que eu sinto?!?!?
Afinal, são duas raivas...
Enfim, não importa. Singular ou plural, o fato é que continuo com duas raivas... Aqui, me corroendo, doendo, machucando...


1.(Um): Raiva de você... Raiva do que você fez e até do que você não fez ou deixou de fazer.

Por que você fez isso? Todos podiam fazer isso ou aquilo, mas não você... Tão diferente, imparcial. Não esperava, vindo de você, nada nem mesmo parecido...
Olhou-me com olhos fulminantes, como se pudesse assim, enxergar até a minha alma, penetrar nos meus piores medos e me fazer sentir cada um deles, um por um, lentamente... para que assim, eu usufruisse daquele esdrúxulo pavor e me sentisse totalmente vulnerável, a sua mercê...
E ao me ver totalmente incapaz de fazer qualquer coisa, de mover-me ou ainda, de simplesmente mover minhas pálpebras, provocando assim um piscar de olhos.Você... Alheio àquele turbilhão que passava naquele exato momento por mim... Se foi... Simplesmente me deixou ali... Só... Impressionantemente imóvel, inerte a tudo a minha volta.
Fiquei assim durante alguns instantes, até que senti meu coração bater tão violetamente dentro do peito, que achei que de repente ele fosse rasgar-se, deixando cair ensanguentado aquele pobre e pequeno órgão que se despedaçaria, antes mesmo de alcançar o chão...
Meus olhos enfim, afogaram-se em lágrimas, compridas, grossas, que de tão tristes, já perdiam o gosto outrora salobre que tinham e tornavam-se tão amargas quão fel.
Os segundos tornaram-se minutos, os minutos horas... Os dias não passavam... Ou até passavam, porém, aquele embrulho no estômago continuava a incomodar-me...

Quando deparei-me pensando que tudo o que estava acontecendo não podia piorar, peguei-me sentindo uma repulsa, um certo desdém por meus próprios sentimentos...
Como se eu não tivesse o direito de sentí-los, como se tudo aquilo fosse tão ridículo, tão estranho, tão idiota que eu não pudesse sentir. Me senti insolente, atrevida... Como pude sentir tais coisas?
Então, minha mente tornou-se turva, enevoada de incertezas, cheia de porquês...
Poderia eu, julgar alguém com tanto rigor? Exigir tanto de um reles mortal? Cobrar de alguém, atitudes que talvez eu teria?

2.(Dois): Raiva de mim... Do que eu fui capaz de sentir... Ou melhor, de como eu fui capaz de sentir... Tão fria e cruelmente, de um egoísmo tal que se resumiria somente em sentimentos ruins...
E todos aqueles sentimentos sufocavam-me , roubavam-me o ar, arrancando aquele brilho, aquela ternura que antes residiam em mim...
A vivacidade havia sido estirpada rudemente dos meus braços, cegando-me, deixando meus olhos foscos e talvez até mesmo com um certo aspecto mórbido.
Fazendo com que tudo aquilo que eu estava sentindo, refletisse-se em meu corpo físico, deixando transparecer o mais profundo do meu ser, ali...
Assim mesmo fui capaz de culpar você, reunindo os últimos vestígios de força que ainda me restavam, provocando um enorme esforço para tentar me recompor, eu olhava-te com desprezo pensando que o único e inconstestável culpado de tudo aquilo que eu estava sentindo era você, somente você...
Mas não! Que raiva de mim!!!
Bem já se dizia: "Decepção é a gente que faz"...
Eu sou a ré e devia acusar a mim mesma por qualquer coisa boa ou ruim que eu sentir, não sou instintiva como um animal, sou, ou ao menos deveria ser racional, ter o domínio dos próprios sentimentos e emoções...
Mas não!
Sempre deixo que os outros sejam capazes de interferir em minha vida... Mas a culpa não é dos outros... NÃO! A culpa realmente não é de ninguém além de minha...
Idealizo uma pessoa, ponho nela todas as minhas expectativas, em minha mente uma imagem criada se forma, o que eu quero ver e acreditar...
Concentro então todas as minhas expectativas em alguém , confio plenamente...
Porém, ninguém é perfeito e quase sempre, ou melhor sempre, acabo me decepcionando...
Afinal, sempre iremos nos decepcionar com tudo... É com TUDO... Coisas boas ou ruins que nos acontecerem serão capazes de nos desapontar, se ruins pelo simples fato de serem ruins, embora depois que tudo passa somos e se não somos devemos começar a ser, capazes de aprender algo com aquilo, tirar uma lição, como a moral da história...
E se boas,a gente pensa: "não foi bom o bastante" ou mesmo as expectativas superadas, ainda não nos contentamos e pensamos inconsciente ou mesmo conscientemente que "não fizeram mais que a obrigação", não sabemos dar o devido valor.

Enfim, nada é o bastante para mim... Não me sinto satisfeita... Tanto é que, não satisfeita com uma apenas, consegui sentir duas raivas.
E como tudo que é dois é mais complicado, com as tais raivas não foi diferente.
De um namoro que acabou, de uma amizade que findou, de uma sociedade desfeita, tudo deixa marcas, pedaços cravados em ambas as partes...
Certa vez, fui instigada a fazer uma experiência: Desenhar um menino e uma menina, um em cada folha, colorir os dois, recortá-los e colar um ao outro, então pensei: "Vou colar a mão dele na dela", mas fui confrontada a colá-los de frente um ao outro, quando acabei de colá-los, disseram-me: "Agora descola-os...", assim o fiz, porém ambos ficaram deformados, vestígios dela nele, pedaços dele nela, ficaram machucados, rasgados, com defeito... Isso pode até parecer bobo, porém assim aprendi uma grande lição...
Tudo que acontece em nossas vidas deixa marcas, não importa se os acontecimentos foram bons ou ruins e muito menos se as marcas serão ou não boas, o fato é que quando vivemos qualquer coisa que seja, adquirimos uma nova experiência e aquilo passa a ser parte da nossa história, ou seja, nunca mais poderemos apagar, talvez relevar, esquecer por algum tempo, mas jamais arrancar de dentro de nós... Deixará, assim como nos desenhos a que me referi, marcas por vezes profundas demais para fingir que não estão ali...
Com as minhas duas raivas, ou melhor, com as inúmeras raivas que senti durante todo meu tempo de vida, adquiri marcas, pedaços de mim foram decepados, vestígios delas ainda estão aqui, fizeram-me mudar a forma de pensar e agir...
E o mais dolorosamente possível, aprendi que tudo que é dois... Ao se despedir arranca uma parte de nós e deixa com certeza uma parte de si...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Escrever...

Escrever é algo que nos faz pôr pra fora o que há no mais profundo de nosso âmago...
Acalma todos os desalentos, consola corações entristecidos e nos permite desabafar...
Ler também tem esse poder, faz você viajar e viver um mundo novo...
Basta estar sensível as palavras e disposto a se entregar a esses prazeres maravilhosos que muitos não sabem aproveitar...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sonho

Parece que faz tanto tempo que não te vejo
Que provoca uma dor cortante
Dilacerando todo esse desejo

Desejo de estar perto
Desejo de te abraçar
De olhar nos seus olhos
E neles me afogar

E pedir que não me salvem
Deixem-me sonhar
Ou mesmo viver esse sonho
Que tenho tanto medo de acordar

E que sonho mais lindo
De olhos e mãos sedentos
Que me roubou da realidade
E modificou tudo aqui dentro

Nessa noite de silêncio e calor
Ouço uma canção
Que me fala de amor

Viro-me quietinha para o lado
Fecho os olhos e ponho-me a pensar
Logo estarei dormindo e sonhando
Podendo outra vez...
Em teus braços estar!!!

Disfarce

É impressionante o que eu sinto por você
É carinho, é paixão
Nem dá mesmo pra entender

Quando estou perto nunca é o suficiente
As vezes tento disfarçar
Mas o que há entre nós é evidente

Você é confidente, amigo, companheiro
É do tipo de pessoa
Que a gente ama
E se sente feliz por inteiro

Talvez um dia
Tenhamos que nos separar
Entretanto no coração ninguém pode mandar

Poderão separar nossos corpos
E fazer-nos provar da solidão
Porém nossas almas sempre estarão
Na mais completa comunhão

Por isso agora já posso afirmar
Dessa história de amor
A gente jamais esquecerá!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Falta de você

Você é do tipo de pessoa que nós podemos compartilhar tudo...
Sempre que eu leio um bom poema, uma música bem escrita, um texto bem elaborado, penso em você, pois você é sensível, sabe entender lindas palavras, te admiro muito, tenho orgulho de fazer parte da sua vida e ter você, mesmo que distante fisicamente, presente na minha...
Concordo plenamente quando você diz que nós estamos juntas em pensamento, alma e coração, por isso sempre penso em você e gostaria muito de ter aqui bem pertinho de mim...
Sinto muita saudade, dos sorrisos que trocamos, das lágrimas que secamos uma da outra e sinto muito mais ainda a sua falta, quando preciso daquele tão aconchegante colinho para chorar...
Então ponho-me a pensar em você...
E torço para que não demore a chegar dia em que de novo terei mesmo que brevemente sua doce companhia...

Te amo indescritivelmente...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sem Saída

O que fazer quando uma história de amor acabou?
Sofrer, chorar...
E tentar conviver com o que sobrou

Mas o que há de sobrar?
Sonhos desfeitos, corações partidos
E alguém a se lamentar

Por que ter um fim se nada do que sinto mudou?
Porque nem sempre na vida
Tudo sai como agente planejou

Na verdede, é injusto o que acontece
Por fora você sorri como se tudo estivesse bem
Mas por dentro você quase desfalece

Odeio não ter total controle sobre meu coração
E por isso não conseguir ficar numa boa
Sentindo toda essa inquietação

Pior ainda quando sei que tudo está em minhas mãos
Mas não adianta nada
É como se elas estivessem atadas

Sendo assim, a única coisa a fazer
Além de fingir que está tudo bem
É tentar esquecer

Fico mais uma vez decepcionada
Pois não consigo agir
Como se não houvesse mais nada

Por isso apenas um conselho eu dou
Faça o possível para não se apaixonar
Embora nem sempre haja como evitar

Enfim, o que posso dizer para te aconselhar
E evitar uma possível decepção
É nunca se deixar amar, nem mesmo se entregar

É, mas como eu já disse
É impossível evitar
Melhor viver amando e sofrendo
Mesmo que seja apenas uma ilusão
Do que fazer da sua vida

Uma eterna SOLIDÃO...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Confusão

Tento entender o coração
Paro pra pensar e analisar
Mas não dá
Ele é muito complexo
Pra se desvendar

Tantos sentimentos e emoções
Misturam-se fazendo a maior confusão
Por que não sentir uma coisa de cada vez?
Pra evitar no futuro tanta preocupação

Então alguém ouvindo tudo isso
Vem querer me convencer
Que isso é mera simbologia
Fazendo pouco caso da minha analogia

Então perguntei interessada
O que ele estava falando
E ouvi-o dizer:
- É o cérebro que faz tudo isso
Não estou te enganando...

Continuando então a minha analogia
Disse sem pestanejar
Cérebro ou coração
Ainda não consigo explicar

Só de uma coisa eu sei
Nada pior pra confundir e fazer sofrer
Seja cérebro ou coração
Do que um amor que você é impedido de viver...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Senhora Liberdade

Abre as asas sobre mim
Oh! Senhora Liberdade
Eu fui condenado
Sem merecimento
Por um sentimento
Por uma paixão
Violenta emoção

Pois amar foi meu delito
Mas foi um sonho tão bonito
Hoje estou no fim
Senhora Liberdade
Abre as asas sobre mim

Não vou passar por inocente
Mas já sofri terrivelmente
Por caridade
Oh! Liberdade
Abre as asas sobre mim...

Wilson Moreira & Ney Lopes