sexta-feira, 12 de março de 2010

Silenciosamente

Quantas palavras gostaria de dizer, quantas coisas gostaria de fazer, há aquelas sensações que não queria ter e sentimentos que me fazem temer.
Esse silêncio que grita dentro de mim, dilacera as entranhas do meu ser, transformando-me, fazendo-me diferente. Ah! Estou mudando de forma tão brusca que chega a doer, um novo eu implora silenciosamente para sair, mas igualmente mudo, esse que aqui  está, reluta em se deixar rasgar, em se permitir partir.
Você precisa ir, teimo em dizer incessantemente... Vá e leve consigo o que já não me faz bem e o que agora me faz tão mal, precisa me deixar, eu quero me soltar.
Há quanto não sinto a liberdade do vento no cabelo? Aquele que toca a face tão suave e delicadamente que mais parece uma doce carícia de mãe. Há quanto não dou uma gargalhada barulhenta por algo banal ou choro com um filme triste?
Vai! Silenciosamente... Deixe-me ressurgir... Reviver não!!! Apenas viver, não novamente, mas unicamente.
Sinto que gritar já não adianta, por isso deixo o silêncio falar por mim...

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Escrever é a forma mais maravilhosa de se expressar, até mesmo os piores sentimentos...