Quando escrevo
Saio de mim
Vôo ao longe
Me perco em ti
Suspiro, choro, sorrio
Sem ao menos me mover
Preencho algo vazio
Que pensei não ser possível preencher
Sonho de olhos abertos
A realidade que inventei
Em meus devaneios incertos
Encontro o que procurei
Uma leveza de mim transborda
Permitindo-me flutuar
Saindo por aquelas portas
Que me impedem de voar
Amo cada palavra que existe
Elas me permitem transbordar
Deixar esta perspectiva tão triste
Que a realidade insiste em querer rememorar...